domingo, 11 de março de 2012

Dia da Mulher...






Toda mulher é doida. Impossível não ser.
A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, 
sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar o nosso poder de sedução 
para encontrar the big one, aquele que será inteligente, másculo,
se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. 
Uma tarefa que dá pra ocupar uma vida, não é mesmo?
Mas além disso, temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando 
que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca,
 pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio pirata
comandado pelo Johnny Depp, ou então virar loura e cafetina, 
ou sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca. 
Pense em qualquer uma que você conhece e me diga 
se ela não tem ao menos três dessas qualificações: 
exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante.
Pois então. Também é louca. E fascina a todos.
Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora.
E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, 
que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? 
Você vai concordar comigo: 
só se for louca de pedra.



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