sábado, 11 de fevereiro de 2012

Magnificat! (Lc 1,46-55)



O Magnificat é um dos cânticos mais belos e simples que existem, sendo uma expressão fiel da alma de Maria, uma resposta ao mistério da Anun­ciação. 

O que podemos ver de extraordinário nas estrofes que o compõem? 

A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador.
Essa estrofe tem como idéia dominante a alegria de Maria por estar experimentando pessoalmente o olhar misericordioso de Deus. Maria exulta de alegria pelo dom supremo de Deus à humanidade, que é seu próprio Filho. 

Porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.
Maria manifesta o sentimento de sua pequenez frente ao Senhor, poderoso e misericordioso, que a chama para ser a mãe do Messias, prometido ao seu povo eleito. Vem unir-se ao povo de Deus, do qual se torna imagem e símbolo. Esse olhar de Deus é de predileção e expressão de sua graça. 

O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome! Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem.
É o deslumbramento diante das obras de Deus, o Poderoso, a quem nada é impossível. Maria possui muitos motivos para falar das maravilhas feitas por Deus nela mesma e por todo o seu povo escolhido. Quem ousa contestar a misericórdia, a ternura, a fidelidade e o amor de Deus para com o ser humano? 

Manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos! Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes. Sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada.
É a ternura de Deus se manifestando especialmente em favor dos pobres, dos pequenos e dos humilhados, em detrimento dos ricos, dos orgulhosos, dos desejosos de poder e duros de coração. É o Senhor confundindo os critérios do mundo e enchendo de bens os humildes. É Maria nos fazendo compreender que é sobretudo a humildade de coração que atrai a benevolência de Deus. 

Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido a nossos pais, Em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.
Nessa última estrofe, o cântico do Magnificat exalta o cumprimento das promessas e a fidelidade de Deus com o seu povo escolhido. É Israel o objeto do favor e da predileção de Deus, que é um Deus fiel. Maria não se detém a contemplar seu caso pessoal, mas compreende que esses dons são uma manifestação da misericórdia de Deus. Mas, nela Deus cumpre suas promessas com uma fidelidade e generosidade abundantes. 

O Magnificat é um cântico pessoal de ação de graças de Maria, a Virgem que se revela agora no seu destino mais universal. Sua ação de graças se transforma na ação de graças de todo o povo de Deus.
Não se pode rezar ou cantar o Magnificat sem uma integração ao grande movimento da esperança messiânica. O Magnificat é uma exultação baseada na fé e no convencimento de que o Senhor mantém aquilo que promete ao seu povo escolhido.

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